Escrito por Alberto Andrade
Dentro da rica liturgia de nossa Igreja no Tríduo Pascal, relembramos a noite em que Jesus Cristo passou da morte à vida e a Igreja convida os seus filhos a reunirem-se em vigília e oração. Na verdade, a Vigília Pascal no Sábado Santo foi sempre considerada a Mãe de todas as vigílias e o coração do Ano litúrgico.
A Vigília tem início fora da Igreja, com a bênção do “fogo novo” onde se prepara e se acende o Círio Pascal, que representa a luz de Cristo. Os fiéis são convidados a se reunirem em torno da fogueira e, ao entrar na Igreja, pouco a pouco, acender as velas no Círio Pascal. Após a bênção do fogo, os fiéis entram em procissão na Igreja, tendo à frente o Círio.
Depois que todos os fiéis se acomodaram em seus lugares, o diácono ou o sacerdote entra na Igreja com o Círio Pascal, proclamando três vezes: “Eis a luz de Cristo”.
A luz do Círio simboliza a alegria da fé que deve irradiar em nós. A fé Naquele que por nós deu a vida e que brilhou no meio da escuridão. Por isso, a celebração inicial da Vigília se realiza, há séculos, com as luzes da Igreja apagadas para lembrar exatamente isto: o “não” do ser humano e o “sim” de Deus.
O “não” do homem gera as trevas, a escuridão, ou seja, o afastamento de Deus. Mas Deus, que ama na sua infinita bondade, brilha mesmo diante dessa escuridão. E o cristão deve resplandecer esta luz na sua vida, nas suas atitudes, na sua fé e no seu amor para com Deus.
Neste vídeo, Padre Camilo Júnior, C.Ss.R., esclarece a razão para acender o Círio Pascal durante a Vigília:
Fonte: A12