Silvonei José – Vatican News
Nesta terça-feira (26), um dia após o Natal celebramos a Festa de Santo Estêvão, o primeiro mártir. E o Papa Francisco junto com os fiéis reunidos na Praça São Pedro rezou ao meio-dia a Oração mariana do Angelus.
Na sua breve alocução que precedeu a Oração Francisco recordou que encontramos o relato do martírio de Estevão nos Atos dos Apóstolos, onde é descrito como um homem de boa reputação, que servia em refeitórios e administrava a caridade.
“É precisamente por causa dessa generosa integridade – disse Francisco – que ele não pode deixar de testemunhar o que lhe é mais precioso: testemunhar a sua fé em Jesus”.
A sua fé em Jesus – sublinhou o Papa – provoca a ira de seus adversários, que o matam apedrejando-o sem piedade.
O Santo Padre recorda então que tudo ocorre diante de um jovem, Saulo, zeloso perseguidor dos cristãos, que atua como “garante” da execução.
“Pensemos por um momento nessa cena: Saulo e Estêvão, o perseguidor e o perseguido. Entre eles parece haver um muro impenetrável, duro como o fundamentalismo do jovem fariseu e como as pedras atiradas contra o homem condenado à morte. No entanto, além das aparências, há algo mais forte que os une: por meio do testemunho de Estêvão, de fato, o Senhor já está preparando no coração de Saulo, sem que ele saiba, a conversão que o levará a ser o grande apóstolo Paulo”.
O Papa Francisco destaca em seguida que Estêvão, seu serviço, sua oração e a fé que ele proclama, a sua coragem e especialmente seu perdão na hora da morte, não são em vão. “Dizia-se, em tempos de perseguição – e ainda hoje é correto dizer isso – que “o sangue dos mártires semente de cristãos”. Parecem terminar em nada, mas, na realidade, seu sacrifício lança uma semente que, correndo em direção oposta das pedras, planta-se, de maneira oculta, no peito de seu pior rival.