Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (19/01), no Vaticano, a Delegação Ecumênica da Finlândia que veio a Roma por ocasião da festa de Santo Henrique. Francisco saudou em particular aqueles que participam dessa peregrinação pela primeira vez.
“Como membros da comunidade de batizados, estamos a caminho e nossa meta comum é Jesus Cristo. Essa meta não está longe, não é inatingível, porque nosso Senhor veio ao nosso encontro em sua misericórdia, tornou-se próximo na Encarnação e ele mesmo tornou-se o Caminho, para que possamos caminhar seguros, em meio às encruzilhadas e às falsas direções do mundo. E o mundo é um mentiroso”, acrescentou o Papa.
Os santos são irmãos e irmãs que percorreram essa estrada até o fim e alcançaram a meta. Eles nos acompanham como testemunhas vivas de Cristo, nosso Caminho, Verdade e Vida. Eles nos incentivam a permanecer no caminho do discipulado mesmo quando temos dificuldades, quando caímos. Como luzes acesas por Deus, eles brilham diante de nós para que não percamos de vista a meta.
A seguir, o Papa recordou que “houve momentos em que a veneração dos santos parecia dividir, em vez de unir os fiéis católicos e ortodoxos, por um lado, e os evangélicos, por outro. Mas não é assim que deve ser e, de fato, nunca foi na fé do santo povo fiel de Deus”.
Recordando alguns grandes santos nórdicos como Brígida, Henrique e Olavo, Francisco lembrou um trecho da Encíclica Ut unum sint de São João Paulo II que fala que a “consciência do dever de rezar pela unidade tornou-se parte integrante da vida da Igreja”. “Se o milênio da morte de Santo Olavo, em 2030, puder inspirar e aprofundar nossa oração pela unidade, e também nossa caminhada juntos, este será um presente para todo o movimento ecumênico”.
De acordo com o Papa, este encontro com a Delegação Ecumênica da Finlândia é um sinal vivo no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que teve início no Hemisfério Norte na última quarta-feira.
Façamos com que este encontro ecumênico não se reduza a um cumprimento e não se torne autorreferencial: que tenha sempre a força vital do Espírito Santo e que esteja aberto para acolher os irmãos e irmãs mais pobres e esquecidos, e também aqueles que se sentem abandonados por Deus, que perderam o caminho da fé e da esperança.
Por fim, o Papa convidou os membros da delegação a rezarem juntos a oração do Pai Nosso em sua própria língua.
Fonte: Vatican News