Faça a experiência de se aproximar e contemplar!
Tenho constatado que: para compreender a adoração à Santíssima Eucaristia é preciso mergulhar nos fundamentos do Santíssimo Sacramento, especialmente no que se refere à transubstanciação.
Você já ouviu falar disso? Eu já tinha estudado sobre o assunto! Mas confesso, é muito mais profundo do que eu imaginava, e para compreendê-lo não basta só a fé, embora seja o mais importante, mas é necessário valer-se também da filosofia, porque o conceito de substância vem de Aristóteles e foi adotado por São Tomás de Aquino para desenvolver o tema da transubstanciação. Posso adiantar que você vai gostar das reflexões! Mas se prepara para olhar para Jesus eucarístico como você jamais olhou e se perder na imensidão do seu mistério, mas também do seu amor! Vem comigo!
Partindo das palavras de Jesus na Santa Ceia, expressa em várias passagens bíblicas, como em Mt 26, 26- 29; Mc 14, 22-25; Lc 22, 14- 20; Jo 6, 32-59; 1Co 11, 23-27, a Igreja Católica, depois de muito questionada, especialmente por Calvino e Lutero ,no século XVI, realizou o Concílio de Trento, por meio do qual afirmou que: “depois da consagração do pão e do vinho, Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, está presente verdadeira, real e substancialmente, sob a aparência destas realidades sensíveis”.
E continua o Concílio afirmando que, na Eucaristia, Jesus Cristo está presente não só com sua divindade, mas também com sua humanidade de uma forma que não se pode exprimir, mas que pode ser compreendida pela inteligência, iluminada pela fé.
Veja que o Concílio de Trento tratou da presença de Jesus na Eucaristia não só como real, mas também como substancial, e, por isso, se fala em transubstanciação na hora da missa, ou seja, “conversão de toda a substância do pão no seu Corpo e de toda a substância do vinho no seu Sangue; conversão admirável e sem paralelo”, segundo Papa Paulo VI, no n. 48 da Carta Encíclica Mysterium Fide. As espécies do pão e do vinho tomam novo significado e finalidade porque se tornam nova realidade em seu ser, deixando de existir o que havia antes e passando a existir algo totalmente diverso, não só pela fé, mas também pela realidade objetiva porque a substância do pão e do vinho foi convertida em Corpo e Sangue do Senhor, não restando nada de pão e vinho. No Corpo e Sangue está presente Cristo completo, na sua divindade e humanidade, vivo, na sua realidade física também, mas não do mesmo modo como nas outras formas de presença.
Este mesmo entendimento está no Catecismo da Igreja Católica, nos ns. 1376/1377. Cristo faz-se presente na Eucaristia no momento da consagração e permanece enquanto durarem as espécies eucarísticas.
Você já imaginou o que é adorar a Eucaristia, olhar para ela, saber e crer que o que está diante de você é o Corpo e o Sangue do Cristo Ressuscitado, vivo, apenas na aparência de pão e vinho? É demais! Tudo isso decorre da transubstanciação que ocorre em cada missa.
“Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo” (n. 1377).