“Não tenhamos medo de nos despojar dos revestimentos mundanos e voltar ao coração, ao essencial”, havia exortado o Papa em sua homilia na Missa celebrada na Quarta-feira de Cinzas na Basílica de Santa Sabina. E para tal, o convite feito em sua alocução antes de rezar o Angelus neste I Domingo da Quaresma, para ir ao deserto e ali perceber a presença dos “animais selvagens” e anjos que temos no coração e “captar os pensamentos e sentimentos inspirados por Deus”.
Depois da oração do Angelus, em consonância com o início dos Exercícios Espirituais para a Cúria na tarde deste domingo, o convite aos fiéis a dedicarem na Quaresma e ao longo do ano, momentos específicos para estar na presença do Senhor:
Esta tarde, juntamente com os colaboradores da Cúria, iniciaremos os Exercícios Espirituais. Convido as comunidades e os fiéis a dedicarem, durante este tempo de Quaresma e ao longo deste ano de preparação ao Jubileu, que é o “Ano da Oração”, momentos específicos para recolher-se na presença do Senhor.
Assim, no início deste “tempo forte” por excelência, o Santo Padre, os cardeais residentes em Roma, os chefes dos dicastérios e os superiores da Cúria Romana passam a viver o início desta fase do ano litúrgico de forma pessoal, por meio de um período de exercícios espirituais. Durante essa semana, todos os compromissos do Papa estão suspensos, incluindo a Audiência Geral de quarta-feira, 21 de fevereiro.
Como tem acontecido desde a pandemia de 2020, repete-se assim a modalidade pessoal do retiro quaresmal, diferentemente dos anos anteriores e desde o início do pontificado de Francisco, com os Exercícios Espirituais sendo vividos comunitariamente pelo Papa e seus colaboradores da Cúria na Casa Divino Mestre, na localidade de Ariccia, dirigida pelos Paulinos.