Thulio Fonseca – Vatican News
Ao término da Audiência Geral desta quarta-feira (20/12), realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano, e dedicada à preparação para o Natal iminente, o pensamento do Santo Padre voltou-se para diversas realidades. O Papa expressou pesar pela Terra Santa e pela “martirizada” Ucrânia, preocupação com as crianças vítimas da guerra, e também manifestou proximidade com as famílias que sofrem com o terremoto no nordeste da China e com a explosão em Conacri, na Guiné.
Francisco, como tem feito em tantas outras ocasiões, recordou que os únicos que ganham com os conflitos são os fabricantes de armas. O Papa afirmou pensar na Palestina, em Israel, e na Ucrânia, e sublinhou: “a guerra está destruindo toda esperança para o futuro”.
O Pontífice, ao fazer memória das “crianças vítimas da guerra”, convidou os fiéis a fazerem uma oração neste Natal diante do presépio, e completou: “Peçamos a Jesus pela paz, Ele é o príncipe da paz”.
“Nestes dias, veremos Deus deitado em uma manjedoura: é a mais forte mensagem de Paz para a vida de cada um de nós e para o mundo de hoje”, disse também o Papa em sua saudação aos peregrinos de língua portuguesa.
O olhar de Francisco voltou-se então para a China, onde na última segunda-feira, 18 de dezembro, um violento terremoto de magnitude 6,2 atingiu as cidades chinesas de Gansu e Quinghai, no nordeste do país. O número de mortos continua aumentando, já são quase 200 pessoas mortas e cerca de 500 feridas. Francisco disse estar “próximo com afeto e oração” das populações que estão sofrendo: “Encorajo os serviços de socorro e invoco sobre todos a bênção do Todo-Poderoso para que possa trazer conforto e alívio para a dor.”
Com igual preocupação, Francisco expressou sua proximidade às famílias dos mortos e feridos na explosão ocorrida em Conacri, capital da Guiné, onde oito pessoas morreram e 84 ficaram feridas na madrugada de segunda-feira, quando o principal terminal de petróleo da África Ocidental explodiu: “Expresso minha proximidade às famílias dos falecidos e dos feridos. Deus os ampare e eu lhes dê esperança”, disse o Papa.
Já sua saudação em italiano, o Papa se dirigiu ao grupo Mediterranea Saving Humans, uma associação de promoção social criada para testemunhar e denunciar o que está acontecendo no Mediterrâneo e que atua no Mare Nostrum para resgatar migrantes no mar. Essa associacao, disse o Papa, “vai ao mar para salvar as pessoas pobres que fogem da escravidão na África. Eles fazem um bom trabalho, salvam muitas pessoas”.
Fonte: Vatican News