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Rádio Eclesia

Pastoral da Música

O que é um Ministério de Música?

O Ministério de Música é um instrumento de Deus posto a serviço da comunidade para atrair os homens.

Seu principal propósito é administrar o Amor, a Palavra e o Espírito de Deus ao seu povo. Com a música e o canto se pode evangelizar, ensinar, inspirar, alentar, profetizar, e é vital na adoração a Deus; por isso, o Ministério de Música deve receber uma atenção cuidadosa.

O que é o Ministério?

O Ministério da Música é, em si, a alegria das assembleias. As pessoas gostam de cantar e Deus gosta que elas cantem, porém, é algo mais que entoar um canto, por mais bonito que este seja, é ver o Espírito de Deus amando e formando o homem, transformando-o em criatura nova, moldando-o à imagem de Jesus Cristo. Com os cantos, Deus chega ao coração humano para falar-lhe e atraí-lo para Ele; Deus usa os cantos para dar consolo, esperança, gozo, amor e paz. E o homem usa o canto para dar-lhe glória, louvá-lo, para agradecer-lhe, pedir-lhe que, como Ele, outro Deus não há.

Um Ministério de Música é formado por pessoas que:

– encontram-se com Deus;
– converteram-se a Ele;
– frequentam os sacramentos;
– conhecem a Palavra de Deus;
– dão testemunho de vida;
– vivem uma relação pessoal com Deus, na oração e com os homens na comunidade;
– formam Igreja;
– possuem inquietações musicais;
– encontram seu serviço neste Ministério.

Há, nas comunidades, muita gente que Deus chamou para este serviço, que resistem a Ele, que sabe ser por força do compromisso, logrando com isso um pobre crescimento espiritual e um sofrimento, porque não veem, claro, não obedecem ou não entendem qual é a vontade de Deus para eles. Além disso, pelo atrativo deste Ministério, sua simplicidade e sobretudo sua projeção nos grupos de oração faz com que um grande número de pessoas se aproximem dele (em especial jovens), para expressar com cantos o que o seu coração sente.

Normalmente se apresentam duas características fundamentais naquele líder que dirige este ministério: Uma é a espiritual e a outra, a musical. Estas duas características podem se apresentar numa mesma pessoa, ainda que não seja de todo necessário, já que existem ministérios que têm dois dirigentes ou cabeças; um dirige a questão espiritual do grupo, enquanto que o outro dirige a musical.

O líder deve apresentar claramente a visão do Senhor para o grupo, seus propósitos e suas metas. O cabeça do grupo deve cuidar também dos membros de uma maneira individual, ajudar a cada pessoa a amadurecer e a ser um membro que contribua. O líder deve elevar a expectativa de todos, levá-los a um aprofundamento espiritual, ajudá-los a manter o entusiasmo no que diz respeito ao serviço do Senhor. Se o líder é profundo em sua relação pessoal com Deus, o Ministério de Música ver-se-á acrescentado em seu serviço.

A piedade, a confiança, a simplicidade e a alegria são dons que não devem faltar ao dirigente.

O líder do Ministério de Música deve buscar a ajuda e submeter-se às decisões feitas por outros líderes, o Conselho Paroquial e o sacerdote, assim como deve estar aberto às sugestões dos membros do grupo. Isto ajuda a evitar que se vanglorie e que se sinta dono de “seu ministério”. Se o líder se submete a outros líderes, crescerá em humildade e serviço, e chegará à conclusão de que o que possui não é seu, mas de Deus. Aprenderá a não extinguir o Espírito, sendo instrumento dele.

O dirigente se encarregará de guiar musicalmente o grupo; escolhendo convenientemente os cantos e a música que se expresse, afetará o crescimento dos que recebem a mensagem. O dirigente fomentará o estudo musical no grupo, por meio de ensaio. A paciência é um dom indispensável para realizar este trabalho: O ministério é o reflexo de seus ensaios. Renovará apropriadamente o repertório com cantos novos inspirados pelo Espírito Santo. Não esquecerá aqueles cantos que sejam tradicionais ou formem parte vital de cada um. Partilhará novos cantos com outros Ministérios de Música.

Poder-se-ão usar todos aqueles instrumentos com os quais se louva o Senhor (Sl 150). Por outro lado, se evitarão aqueles instrumentos que desviem a atenção dos que oram.

Por mais belo que seja o som de um instrumento musical, sua principal função é e será acompanhar a voz do homem, não sobrepujá-la. Evitar que o som instrumental demasiado forte abafe as vozes. Também se deve evitar que um instrumento abafe outros.

A função dos músicos é a de reforçar o trabalho do dirigente, possibilitando a rápida aprendizagem dos cantos. Sua postura é a de refletir Deus e não distrair a atenção do assistente e as celebrações.

Entre o coral e o dirigente deve haver tal comunhão que não se precisa de muitas palavras para comunicar-se. Nada mais comovedor que a voz do cantor no templo. Esta música não é somente adorno. Quando o cantor expressa sua fé, chega à essência do culto, do louvor a Deus. Seu canto amplifica o significado das palavras e é uma apaixonada expressão de fé. O canto deve chegar ao coração de Deus. É o cantar do nosso coração ao coração de Deus.

A função do animador é a de mover e animar tanto a assembleia como o próprio grupo. Sua participação sempre alegra, ajuda a que todos louvem a Deus. É elemento fundamental de unidade no grupo.

Os técnicos se darão à tarefa de manter em ótimas condições a equipe e instrumento musicais. Estudar e analisar os lugares onde o ministério se apresentará com a finalidade de adaptar a equipe à acústica de cada lugar.

Publicado originalmente em “Alabanza” – nº 85 – David Pimentel

http://www.canaldagraca.com/artigo_4.htm