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Rádio Eclesia

09/11 Notícias da Igreja Francisco: eliminar a violência contra a mulher desde a raiz
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O apelo do Papa em uma mensagem para uma campanha nacional da Itália contra todas as formas de violência: o modo como tratamos as mulheres, em todas as suas dimensões, revela o nosso grau de humanidade

Paolo Ondarza – Vatican News

“Uma erva daninha venenosa que aflige a nossa sociedade e que deve ser eliminada pela raiz”. É assim que o Papa Francisco define a violência contra as mulheres em uma mensagem dirigida aos promotores da iniciativa “Uma grande onda contra a violência masculina sobre as mulheres”, organizada pelo sistema público de rádio italiano, a Radio1Rai, e pela rede Cadmi D.I.Re. (Donne in Rete contro la Violenza), uma rede de 82 organizações que administram 100 centros de antiviolência em toda Itália. O bispo de Roma pede que sejam cortadas as raízes culturais e mentais que “crescem no solo do preconceito, da posse, da injustiça”.

Agir imediatamente

O apelo é para “não ficar indiferente”, para “agir imediatamente, em todos os níveis, com determinação, urgência e coragem” para dar voz às “nossas irmãs sem voz”. “A maneira como tratamos uma mulher revela nosso grau de humanidade”, escreve o Papa, pensando nas muitas mulheres “maltratadas, abusadas, escravizadas, vítimas da arrogância daqueles que pensam que podem dispor de seus corpos e de suas vidas, forçadas a se render à ganância dos homens”.

Mulheres consideradas como objetos

“Em muitos lugares e situações”, observa ele, “as mulheres são colocadas em segundo plano”, consideradas “inferiores”, como objetos. Quando “uma pessoa é reduzida a uma coisa, sua dignidade não é mais vista”, diz a mensagem, “ela é considerada apenas uma propriedade que pode ser descartada em tudo, até mesmo a ponto de ser suprimida”.

Onde há domínio, há abuso

Francisco destaca o papel ambíguo desempenhado pelos meios de comunicação de massa que, por um lado, favorecem a promoção da mulher, mas, por outro, “transmitem mensagens marcadas pelo hedonismo e pelo consumismo, cujos modelos, masculinos e femininos, obedecem aos critérios do sucesso, da autoafirmação, da competição, do poder de atrair os outros e dominá-los”. No entanto”, observa o Pontífice, “onde há dominação, há abuso”, enquanto “o Senhor nos quer livres e em plena dignidade”.

Educar para o respeito

Por isso, segundo o Papa, é urgente “uma ação educativa que, a partir da família, coloque no centro a pessoa com sua dignidade” e favoreça “relações justas e equilibradas, baseadas no respeito e no reconhecimento mútuos”.

Fonte: Vatican News