Uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (28) apresentou a programação de dois dias da Cúpula Internacional do Esporte, orientada em três grandes conceitos: um esporte coeso, acessível e sob medida. Na sexta-feira (30), com a presença do Papa, cerca de 200 instituições participantes vão assinar a “Declaração do Esporte para Todos”, comprometendo-se com “ações concretas e não com palavras”, porque “a verdadeira inclusão se faz pelas ruas”.
Andressa Collet – Vatican News
A Cúpula Internacional sobre Esporte que começa nesta quinta-feira (29), no Vaticano – “Sport for all – cohesive, accessible and tailored to each person” – quer ser uma “oportunidade idônea para criar novos princípios para que o esporte desenvolva um papel que, como o Papa Francisco sublinhava no prólogo do documento Dar o melhor de si, seja um instrumento de encontro, de formação e também de missão e santificação”, após a pandemia. São palavras do Padre Alexandre Awi Mello na coletiva de imprensa desta quarta (28), na Sala de Imprensa da Santa Sé, para apresentar o evento promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, em colaboração com o Dicastério para a Cultura e a Educação e a Fundação João Paulo II para o Esporte.
O evento de dois dias no Vaticano dá seguimento a um caminho iniciado com o Encontro Internacional “O Esporte ao Serviço da Humanidade” organizado em outubro de 2016, seguido pelo “Dar o melhor de si”, o primeiro documento integral da Santa Sé sobre o esporte, publicado em 1º de junho de 2018. Cerca de 200 pessoas de Federações Esportivas Internacionais e associações esportivas amadoras foram convidadas para participar da Cúpula que tem como objetivo principal “solicitar ao mundo do esporte e à política internacional, regional e local, de abraçar a Declaração que será apresentada pelos participantes, empenhando-se em trabalhar pela integração das pessoas na sociedade através do esporte”, salientou o Pe. Alexandre.
Essa “Declaração do Esporte para Todos” convida a olhar para o futuro apropriando-se de três características fundamentais: coesão, acessibilidade e estar ao alcance de todos, chamando ao nome do evento. O primeiro tem por objetivo mostrar a necessidade de reduzir a distância entre o esporte de base e o esporte profissional, na certeza de que a unidade do esporte é um valor que se deve guardar e cultivar. A segunda visa garantir a todas as pessoas o direito à prática esportiva, independentemente de suas condições sociais (pobreza, condições de migração e status de refugiado, marginalização, guerras, prisão, etc.). Por fim, a terceira palavra-chave centra-se na possibilidade de todas as pessoas praticarem esportes, mesmo que tenham deficiências físicas, mentais ou psicológicas.
A declaração deverá ser assinada na presença do Papa Francisco na sexta-feira (30), quando encontrará os participantes da Cúpula na Sala Paulo VI. Segundo Melchor Sanchez de Toca, subsecretário do Dicastério para a Cultura e a Educação, “esta declaração é na verdade uma declar-ação, uma chamada à ação. Uma conferência como esta é inútil se não se transformar em ações, se continuar sendo uma autocelebração. A verdadeira inclusão é feita nas ruas, com ações concretas e não com palavras. A Cúpula será um sucesso se ela se traduzir em ações concretas”.
Fonte: vaticannews.va